Não à privatização da Petrobras



Atos em defesa da Petrobras marcaram comemoração do aniversário da estatal

Nesta quinta-feira (3), dia que a Petrobras completa 66 anos, trabalhadores, sindicalistas e movimentos sociais foram às ruas para defender a estatal e as empresas públicas em, no mínimo, 11 capitais: Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Aracajú, Fortaleza, Goiânia, Florianópolis, Vitória e Belém.
Organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a mobilização em defesa da soberania, inicialmente seria só em Curitiba, onde o ex-presidente Lula é mantido preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal. O ato na capital paranaense seria simbólico porque os petroleiros e as petroleiras reconhecem a importância de Lula para o fortalecimento da empresa. O ex-presidente foi o principal responsável pelos investimentos na Petrobras, que possibilitaram inclusive a descoberta do pré-sal.

A proposta inicial foi ampliada, depois que trabalhadores de outras estatais e representantes de movimentos sociais que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos de oposição que compõem Comitê pela Soberania decidiram realizar atos em várias cidades do Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, onde está a sede da Petrobras.
“Com este ato queremos chamar a atenção da sociedade para dizer o quanto é importante ter empresas públicas fortes para os brasileiros e para um país em desenvolvimento como o Brasil”, afirmou o Coordenador-Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
A mobilização, segundo o dirigente, também serve para alertar a população sobre os impactos em suas vidas que o programa de privatização do governo de Jair Bolsonaro (PSL), representa para cada brasileiro e brasileira. “Não estamos falando só de desemprego nas estatais e, sim, em toda a cadeira produtiva, além de riscos de acidentes e piora na prestação dos serviços, pois as empresas privadas só visam o lucro, e a alta nos preços”.

O secretário Nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, que também é petroleiro no Paraná, alerta para outro aspecto do ataque as estatais, pouco mencionado na mídia tradicional que relaciona à necessidade de privatização à questão do combate a corrupção.“É preciso deixar claro que nós somos e sempre seremos contra a corrupção. Quem roubou a Petrobras ou qualquer outra estatal deve ser punido, mas isso não significa que, em nome da bandeira contra corrupção o país paralise uma companhia do porte e importância da Petrobras”.
O dirigente ressalta que em lugar nenhum do mundo o combate à corrupção fragilizou tanto as empresas, provocando desemprego em massa e a paralisação de milhares de obras e projetos, como ocorreu no Brasil nesses cinco anos da Operação Lava Jato.
Segundo Roni, 220 mil trabalhadores da Petrobras perderam seus empregos neste período, a Odebrecht, que hoje tem 49 mil trabalhadores, já teve 250 mil antes da Lava Jato e está pedindo concordata, sem falar em outros milhares de emprego perdidos com o fechamento de pequenas construtoras.
“Em todo o país, a Lava Jato, além de ser responsável pelos 20% da taxa de desemprego, também ajudou no golpe de 2016, levou Bolsonaro ao poder para vender a Petrobras, entregar o Pré-Sal brasileiro, deixar de controlar sua maior riqueza e ainda vai colocar a soberania do país em risco”, denuncia o secretário de Comunicação da CUT.
Quem ataca a estatal alega que a corrupção quebrou a Petrobras, diz Roni, que rebate: “Isso é uma mentira! Só em 2018, o faturamento da estatal foi de R$ 358 bilhões”.
“O discurso de falência é para atacar a empresa e ter motivo para vendê-la para o mercado internacional e esta é a luta do dia 3. A população que é contra as privatizações, como apontou a pesquisa CUT/Vox, precisa se engajar nesta luta e reagir!”, concluiu Roni.

Ato no Rio


O ato nesta quinta-feira no Rio de Janeiro foi chamado de “Dia do Luto pelo Brasil, Contra as Privatizações, em Defesa da Amazônia, por Empregos, pela Saúde, contra os Cortes da Educação e o Future-se.
A CUT Rio, seus sindicatos e categorias como petroleiros, radialistas, trabalhadores da Casa da Moeda, bancários do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, eletricitários, urbanitários e outros trabalhadores de estatais se concentraram na Candelária, que fica em frente à Eletrobrás, às 16h. Depois, caminharam pela Avenida Rio Branco até a sede da Petrobras, que fica perto dos três bancos públicos (BNDES, BB e Caixa) também alvos de privatização.
“A gente precisa colocar no centro do debate a importância das empresas públicas e explicar para a população o quanto estas riquezas também são importantes para garantir políticas públicas de saúde e educação”, afirmou a secretária de Comunicação da CUT Rio de Janeiro, Duda Quiroga.
De acordo com a dirigente, durante a construção do ato outras pautas foram inseridas e que os estudantes e trabalhadores da educação estão “dando muito fôlego neste ato”.

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