Geisa Ketti é a convidada especial no lançamento do enredo do Educa Que Liberta 'VALE OPINIÃO - CARCARÁ PEGA MATA E COME!'
A sambista Geisa Ketti, filha do compositor Zé Ketti, que participou do Opinião, é a convidada especial no lançamento do enredo do bloco Educa Que Liberta "Vale Opinião - Carcará Pega Mata e Come". Geisa dará uma canja na roda do Sim Pro Samba, que será levada pelo grupo Samba em Harmonia.
O lançamento acontece a partir das 18h30, na Praça dos Professores, Rua Pedro Lessa SN, em frente ao nº 35, no Centro do Rio.
O Educa Que Liberta faz parte da Folia Carioca.
Enredo do Bloco Educa Que Liberta ou Cordão do Paulo Freire e ÔH! Darcy
O bloco “Educa Que Liberta ou Cordão do Paulo Freire e Ôh! Darcy”, que é o bloco dos profissionais da educação, vai homenagear, na sexta-feira, dia 15 de dezembro, às 18h30, dois expoentes do cenário cultural brasileiro.
O primeiro, um grande compositor da MPB: João do Vale, que completaria 90 anos se vivo fosse. E o outro, o teatro/show Opinião, que foi um manifesto, um grito de resistência contra o golpe de 1964.
Como o golpe faz 60 anos, não podemos nos calar para que não se repita. O bloco da educação não pode ficar em silêncio. Por isso, o Educa Que Liberta vai lançar, nesse dia, o enredo para o carnaval 2024: “Educa Que Liberta VALE OPINIÃO – CARCARÁ PEGA MATA E COME!”.
O lançamento ocorre na roda de samba dos professores, o Sim Pro Samba, na Praça dos Professores SN (Rua Pedro Lessa, em frente ao nº 35 – entre a Rua México e Av. Graça Aranha, no Centro do Rio).
CARNAVAL
O bloco Educa que Liberta ou Cordão do Paulo Freire e Ôh! Darcy sairá na sexta-feira de Carnaval. É um Concentra Mas não Sai, com início às 18h30, na Praça dos Professores.
SERVIÇO:
Lançamento do enredo do bloco Educa Que Liberta ou Cordão do Paulo Freire e Ôh! Darcy para o Carnaval 2024: “Educa Que Liberta VALE OPINIÃO – CARCARÁ PEGA MATA E COME!”
Data: 15/12/2023, sexta-feira, às 18h30.
Endereço: Praça dos Professores SN (Rua Pedro Lessa, em frente ao nº 35 – entre a Rua México e Av. Graça Aranha, no Centro do Rio – pertinho da estação Cinelândia do Metrô).
Grupo Opinião (1964-1982 - Rio de Janeiro) Grupo carioca que centraliza, nos anos 1960, o teatro de protesto e de resistência, núcleo de estudos e difusão da dramaturgia nacional e popular. Imediatamente após o golpe militar de 1964, um grupo de artistas ligados ao Centro Popular de Cultura da UNE - CPC (posto na ilegalidade) reúne-se com o intuito de criar um foco de resistência à situação. É então produzido o show musical Opinião, com Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão (depois substituída por Maria Bethânia), cabendo a direção a Augusto Boal, do Teatro de Arena paulistano. A iniciativa conhece o sucesso instantâneo, que contagia diversos outros setores artísticos (uma exposição de artes plásticas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, denominada Opinião 65, surge em decorrência), e aglutina artistas dispersos ligados aos movimentos de arte popular. O show aconteceu no Rio de Janeiro, estreando em 11 de dezembro de 1964, e marca o nascimento do grupo Opinião.
O show foi um espetáculo musical, dirigido por Augusto Boal, produzido pelo Teatro de Arena e por integrantes do Centro Popular de Cultura da UNE - instituição que, a esta altura, havia sido colocada na ilegalidade pelo regime militar recentemente instaurado no Brasil.
O elenco era formado por Nara Leão (depois substituída por Maria Bethania), João do Vale e Zé Kéti. Os atores-cantores intercalavam canções a narrações referentes à problemática social do país.
O show-manifesto estreou em 11 de dezembro de 1964, alguns meses depois do golpe militar, no teatro do Shopping Center Copacabana, sede do Teatro de Arena no Rio de Janeiro.
Opinião tornou-se uma referência na chamada "música de protesto" e é considerado um dos mais importantes da história da música popular brasileira. O registro do show deu origem ao álbum homônimo, lançado em 1965.
- Peba na Pimenta
- Pisa na Fulô
- Samba, Samba, Samba
- Partido alto
- Borandá
- Desafio
- Missa Agrária
- Carcará
- O Favelado
- Nêga Dina
- Incelança
- Deus e o Diabo na Terra do Sol
- Guantanamera
- Canção do Homem só
- Sina de Caboclo
- Opinião
- Malmequer
- Marcha de Rio 40 Graus
- Malvadeza Durão
- Esse Mundo é meu
- Deus e o Diabo na Terra do Sol
- Marcha da Quarta-Feira de Cinzas
- Tiradentes
- Cicatriz
João do Vale
(Pedreiras, 11 de outubro de 1934 — São Luís, 6 de dezembro de 1996), foi um músico, cantor e compositor brasileiro.
Em 1964, estreou como cantor no restaurante Zicartola, onde nasceu a ideia do Show Opinião, dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa, e que foi apresentado no teatro do mesmo nome, no Rio de Janeiro. Dele participou, ao lado de Zé Kéti e Nara Leão, tornando-se conhecido principalmente pelo sucesso de sua música Carcará (com a participação de José Cândido), a mais marcante do espetáculo, que lançou Maria Bethânia como cantora, que substituiu Nara no espetáculo.
A história por trás de Carcará
Essa música faz parte do show Opinião (Rio de Janeiro, 1964), que inclui músicas de Zé Keti, Edu Lobo, Carlos Lyra, João do Valle, Heitor dos Prazeres, Ary Toledo, Sérgio Ricardo, Vinícius de Moraes e muitos mais. Suas letras celebram a coragem e a determinação de vencer a fome e o rigor do sertão.
A música inclui a recitação de um texto retirado de um relatório da Sudene sobre a migração de nordestinos expulsos da terra pela seca e pela fome. Carcará foi sucesso instantâneo para a então desconhecida jovem Maria Bethânia, então com 17 anos, e suas interpretações expressivas serão para sempre a assinatura da música.
Carcará
João do Vale
Carcará
Pega, mata e come
Carcará num vai morrer de fome
Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará quando vê roça queimada
Sai voando, cantando, carcará
Vai fazer sua caçada (carcará)
Carcará come inté cobra queimada
Quando chega o tempo da invernada
No sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada
Carcará pega, mata e come
Carcará num vai morrer de fome
Carcará, mais coragem do que homem
Carcará pega, mata e come
Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele pega no bico inté matá
Carcará pega, mata e come
Carcará num vai morrer de fome
Carcará, mais coragem do que homem
Carcará pega, mata e come
Carcará
(Carcará) em 1950, mais de 2 milhões de nordestinos
(Carcará) viviam fora dos seus estados natais
(Carcará) 10% da população do Ceará emigrou
(Carcará) 13% do Piauí
(Carcará) 15% da Bahia
(Carcará) 17% de Alagoas
(Carcará) pega, mata e come
Carcará num vai morrer de fome
Carcará, mais coragem do que homem
Carcará pega, mata e come
*Matéria atualizada, às 11h, de 15/12/2023, para inserir a confirmação de Geisa Ketti no Lançamento do enredo do Educa Que Liberta
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