Pressão popular adia votação de lei que entrega o pré-sal
Presidente do Senado
promete não pautar
projeto antes do recesso
- Entretanto, a população pode
continuar a ligar gratuitamente
e impedir esse crime de
Lesa-pátria: 0800 6122 11
Após
pressionar os senadores contra a votação do projeto que permite à
Petrobras vender até 70% dos direitos de exploração do pré-sal em
cessão onerosa da Bacia de Santos, os petroleiros e a oposição
conseguiram do presidente do Senado, Eunício de Oliveira (MDB-CE), o
compromisso de não colocar o projeto em pauta antes do recesso
parlamentar, que ocorre entre os dias 18 e 31. A intenção do
governo era fazer a proposta tramitar a toque de caixa, aprovar
pedido de urgência e levar a plenário antes do recesso.
Segundo
a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), em reunião do colégio de
líderes, a bancada de oposição obteve de Eunício a promessa de
não pautar projetos polêmicos antes do recesso. Na condição de
presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR),
a senadora requereu que o projeto seja distribuído para a comissão
que preside. Na CDR foi aprovado um requerimento para que seja
realizada uma jornada de audiências públicas no Nordeste, em
parceria com os movimentos sociais e a Federação Única dos
Petroleiros (FUP), sobre o desmonte da Petrobras e o impacto nos
estados.
Senadora Fátima Bezerra: 'Esse projeto é um escândalo'
“Esse
projeto é um escândalo. Faz parte do processo em curso de desmonte
da Petrobras e impacta na vida da população”, diz a senadora. Se
aprovada, a proposta permitirá o leilão de 70% de 5 bilhões de
barris de petróleo da Bacia de Santos. A cessão onerosa abrange uma
área do pré-sal comprada pela Petrobras da União por R$ 75 bilhões
em 2010.
Para
Fátima, o desmonte começou com a alteração na questão de
conteúdo local, seguida da Lei 13.586/2107, conhecida como a “Lei
do Trilhão”, que concede benefícios fiscais a empresas
petroleiras. A lei institui “regime tributário especial” a
atividades como exploração, desenvolvimento e produção de
petróleo e gás natural e tem vigência até 2040. Segundo a
oposição, com isso, haverá renúncia fiscal de R$ 40 bilhões ao
ano, ou R$ 1 trilhão nos próximos 25 anos, em benefício das
multinacionais do petróleo.
A
diretora do Sindipetro-RJ e conselheira da Associação dos
Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Patrícia Laier, considera que a
ideia de ceder a participação da estatal nesses campos é igual a
um “sorteio de um bilhete premiado”, uma vez que já foram
desenvolvidos programas de exploração e delimitação e feitos os
testes de longa duração – tudo por meio do esforço da Petrobras.
Patrícia, que também é geóloga, explica que áreas como as da
cessão onerosa são altamente estratégicas porque contêm uma
grande parte das reservas, especialmente no cenário atual, onde há
um declínio na descoberta e na produção dos campos gigantes e
supergigantes espalhados no mundo.
Como ligar
Para enviar mensagens aos senadores: Podem ser enviadas quaisquer mensagens sobre assuntos legislativos (Projetos de Lei, Discursos, Audiências Públicas, etc, com elogios, críticas, protestos, pedidos de providências, sugestões); Telefone ALÔ SENADO: 0800 6122 11 (ligação gratuita); Horário de Atendimento: 2ª a 6ª feira - 8h até 19h.
Observações:
- A ligação é gravada e o telefone identificado;
- O cidadão faz um cadastro (nome, endereço, telefone, etc);
- Atendente registra a mensagem, que pode ser enviada para um, vários ou todos os senadores.
Recursos para educação e saúde
Importante frisar que o governo Temer já conseguiu mudar a legislação para tirar recursos do petróleo, principalmente do pré-sal, que deveriam ir para a educação e saúde, para entregar às multinacionais.
A população pode lutar para impedir que aconteça mais um golpe contra o petróleo brasileiro e consequentemente contra a educação, saúde, enfim, o futuro do Brasil.
Então exerça sua cidadania: Ligue 0800 6122 11 e diga para os senadores NÃO aprovar em o PL 8939/2017.
Amém.
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