Mais uma do #ForaTemer: cortes podem dar fim às bolsas de pós da Capes em 2019
Com proposta orçamentária,
bolsas de pós-graduação
podem ser suspensas
- Programa de formação de
professores vai sofrer: 198 mil
profissionais podem ficar sem renda
A
proposta de orçamento do governo de Michel Temer (MDB) para 2019
pode acabar com todo o programa de incentivo à pesquisa científica
no país na pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado).
O alerta foi feito pela presidência da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). De acordo com
um documento assinado pelo presidente da instituição, Abilio Baeta
Neves, o teto orçamentário afeta “gravemente” o setor.
Na
prática, isso pode significar a suspensão de todas as bolsas de
mestrado, doutorado e pós-doutorado concedidas pela Capes, a partir
de agosto de 2019. Isso deve atingir “93 mil discentes e
pesquisadores, interrompendo os programas de fomento à pós-graduação
no país, tanto os institucionais (de ação continuada), quanto os
estratégicos (editais de indução e acordos de parceria com os
estados e outros órgãos governamentais).” A Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), de autoria do governo, foi aprovada em julho
pelo Congresso e ainda deve passar por crivo do Supremo. O corte
radical foi informado à Capes pelo Ministério da Educação (MEC).
O
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid),
destinado ao incentivo para a formação de professores no país
também entra em xeque. Como um dos efeitos do orçamento do ano que
vem, está prevista a “suspensão dos pagamentos de 105 mil
bolsistas a partir de agosto de 2019, acarretando a interrupção do
Pibid, do Programa de Residência Pedagógica e do Programa Nacional
de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor)”.
A Capes
ainda alerta para o impacto negativo para os programas de formação
de profissionais em parceria com instituições estrangeiras, o que
pode implicar, inclusive, em problemas diplomáticos. “Um corte
orçamentário de tamanha magnitude certamente será uma grande perda
para as relações diplomáticas brasileiras no campo da educação
superior e poderá prejudicar a imagem do Brasil no exterior.”
Diante desse cenário, a Capes pede ajuda urgente do MEC.
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